Um relatório apresentado na passada quinta-feira anuncia que apenas 16% dos estagiários acabam por ficar nas empresas e que apenas 38% dos antigos estagiários conseguiram arranjar emprego sem apoio adicional.
Vieira da Silva, ministro do Trabalho e da Segurança Social, esclarece os resultados: “Constatamos, numa análise ainda preliminar, que há talvez um excesso de concentração nalguns apoios que não demonstraram a eficácia que deveriam ter”. No ano de 2014, por exemplo, apenas cerca de 38% dos antigos estagiários conseguiram arranjar emprego sem recorrer a qualquer subsídio do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Além disso, cerca de metade dos apoios consistiram em vínculos precários.
O ministro dá um exemplo: “A mesma empresa pode ter um estágio profissional subsidiado pelo Estado, depois mais um estímulo-emprego [apoio à contratação], depois mais uma isenção de contribuições – tudo para o mesmo posto de trabalho – que pode atingir vários milhares de euros. Isso é, talvez, uma concentração excessiva”.
Desta forma o Governo pretende impedir a acumulação de medidas de apoio, dificultando o acesso às mesmas. O objetivo é “assegurar que os apoios, que continuarão a existir, são aplicados de uma forma mais selectiva e mais direccionada para o reforço da qualidade e da quantidade do emprego criado”.
01/07/2016